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Tango4Fun


Tango4Fun é uma intervenção social multimídia que investiga o Tango na rua.

O conceito visa criar uma relação orgânica entre dançarinos que carregam algum nível técnico e não dançarinos, promovendo aproximações entre grupos de pessoas curiosas a cerca desta dança, mas que o entendem como algo inatingível. A intervenção também oferece uma plataforma fértil de pesquisa em movimento/ritmo/organicidade uma vez que rompe paradigmas relevantes, tais como o gênero, a condução, o espaço, e a suas formas de conexão.

Sempre explorado na rua, a intervenção já aconteceu das seguintes maneiras:

1- Com parceires de dança desconhecides, sem ensaios prévios, sem combinações prévias, a dupla escolhe um espaço público para desenvolver sua primeira interação juntes, que será filmada e transformada em vídeo.

Há um total desprendimento e entrega para que a intervenção aconteça, totalmente aberto ao risco da performance na rua, no instante, no acaso que conecta os performers pela improvisação e pela escuta mútua.

Abaixo, a intervenção aconteceu no Museo do Olho de Curitiba com Pedro Farias (Argentina). Chegamos de taxi. Nossa música foi tocada pelo celular através de um fone de ouvido compartilhado. Filmamos com nossos celulares e as únicas testemunhas foram os vigias matutinos do Museu, que nos repreenderam pelo uso da saia sobre o chão de vidro (que no andar de baixo é teto). O interesse deles foi mais pelo fato da eroticidade de alguém poder ver as roupas íntima pelo vidro, do que a dança em si saboreada num espaço de arte. Para mim, foi uma experiência transformadora, sendo a primeira ação catalizadora do Tango4Fun. A música que dançamos durante a filmagem ("Buscandote" de Osvaldo Fresedo) não é a mesma da edição do vídeo ("The swell season" de Glen Hansard).

Aqui, durante um encontro espontâneo...

2- Sem parceires de dança, absolutamente só, minha investigação permeia as possibilidades de relação entre pessoas que não se orientam por códigos e regras do Tango (quais seriam as possibilidades?), mas pelo imaginário que ele desperta. Quando nos jogamos na rua, experienciamos certa vulnerabilidade inerente aos espaços públicos urbanos geralmente permeados pela distância e o medo da proximidade. O que acontece quando há uma abertura para a relação corporal próxima mediado por um gênero de dança tem uma iconografia tão marcante quanto o Tango?

Nesta versão, pesquiso impactos nas relações humanas, experiencio afeições e vulnerabilidades, cruzo limites, danço nas ruas como forma de ativismo sutil em gênero, me exponho para fazer da prática uma pesquisa sobre o espaço-tempo-forma-conteúdo.

Abaixo, nas ruas de Berlin, com uma placa sinalizando ABERTA PARA DANÇA. Aconteceram coisas inusitadas: crianças e jovens se arriscaram a dançar comigo; um tetraplégico me abordou carinhosamente para uma conversa e uma proposta de dança; um senhor queria me dar moedas; muitas pessoas vinham me perguntar sobre as razões para estar ali. Certamente houve uma transformação naquele espaço em algo extra-ordinário. Um campo vasto de conexão e abertura social a ser explorado...

3- Brincadeiras coletivas com Tango. Esta dança/vídeo foram feitos de forma efeito borboleta. Conheci este grupo de pessoas incríveis numa viagem de fim de ano, quando fui visitar a amiga Dunia la Luna em Joanópolis. Nos conhecemos na tarde de ano novo, e a noite, apresentamos esta dança no sarau organizado pelo Hotel Ponto de Luz. Foi assim: falei para a Julia: Vamos dançar um Tango? Ela respondeu: Sim! O resto do grupo sugeriu ideias, e o resultado está aí...puro amor e diversão!!

4- Mais um vídeo que nasceu espontaneamente. Meu marido Matt e eu estávamos em viagem pela Namíbia em busca de um dos lugares mais remotos situado no meio das Dunas do Deserto de Sossusvlei, o chamado Vale Morto (Dead Valey ou Dead Vlei). O vídeo é uma versão "romantiquinha" da nossa aventura, que acabou por cortar e queimar meus pés com a secura e quentura do sal acumulado por anos entre as montanhas de areia vermelha. Mas valeu a pena. Durante a filmagem não tínhamos música alguma, o som colocado no vídeo é da cantora marroquina Hindi Zahra.

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