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Adriana Mira-Cunhã

Revirar relicários é uma das coisas que sempre gostei de fazer.
Encontrar aquelas peças raras carregadas de memória,
com nós atados e esquecidos que impedem o fluxo saudável da vida.
Dessas peças, podem surgir novos versos possíveis.
Os cortes mal feitos nos cordões umbilicais das memórias,
cortados com tesoura cega enquanto ainda havia pulso,
criam percepções distorcidas sobre o EU e o OUTRO.
Estou aqui para assistir na sutura das feridas, para rebordar tecidos esgarçados
e ajudar a reencontrar o fio da meada que regenera a força da vida.
Minha proposição é que se possa re-conceber trajetórias enquanto se caminha.
Selecionar as sementes preciosas que valem a pena cuidar e germinar.
Gestar e dar a luz ao que se espera.
Mas é preciso (com)paixão, calor e tempo.
Estou aberta a trabalhar com pessoas que sabem querer e ousam mergulhar na imensidão
da busca por equilíbrio entre segurança e liberdade, coragem e resiliência
para construir um presente maior.
Amor é meio onde habita o equilíbrio.
Equilíbrio não é contra-peso, e sim, harmonia ecossistêmica.
Estou aqui com escuta refinada e intuição sensível para encontrar
modos de restaurar a trama dos fios de prata
e ver florescer a po-ética de consciências expandidas.
Propõe harmonizações
Assiste jornadas
Escava memórias
Reescreve mitos pessoais
Caminha junta na travessia
da mulher madura

Inspira pessoas à re-conceber seus mundos.
Engaja por meio de processos sensíveis.
Incorpora estados de escuta e presença.
Traduz a poesia indizível através de jornadas com arte.

Meus
Veja o documentário
Meninas-mulheres de Hillbrow,
Teatro Comunitário e Pedagogia Ubuntu
Uma elaboração de doutoramento em arte-educação, criação cênica
e sociedade realizada na África do Sul, que versa sobre um grupo de meninas-mulheres afro-migrantes que se encontram no Teatro Hillbrow para falar sobre suas experiências de vida. A tese completa será publicada em 2021.
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